Apesar de vários senadores da base aliada do governo terem criticado a atuação da Anac, o nome de Simão foi aprovado por ampla maioria.

O diretor rebateu as acusações ao afirmar que aceitou o cargo de assessor para continuar prestando serviços à agência. "Eu poderia ter ficado confortavelmente na minha casa com o meu salário de diretor, na quarentena de quatro meses a que tenho direito. Mas aceitei o cargo de assessor, com salário menor, para continuar prestando serviço especializado à Anac."
CRÍTICA
Ao longo da sabatina, a Anac recebeu sucessivas críticas de senadores irritados com o trabalho de fiscalização da agência sobre as empresas aéreas. O senador Walter Pinheiro (PT-BA) disse que a agência deixou de regular o setor para atender aos interesses das companhias aéreas.
"As agências não podem continuar tendo postura de leniência, prestando serviço para as empresas. Temos hoje uma prestação de serviços muito ruim aos brasileiros no setor aéreo", afirmou.
Em defesa de Simão, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) criticou os ataques dos colegas à agência e ao diretor. "Temos que ter alguma razoabilidade para fazer uma sabatina no Congresso. O doutor Claudio Simão é um excelente técnico."
Passos, que foi reconduzido à diretoria de aeronavegabilidade da Anac, também é o autor do parecer que classificou o reverso de uma aeronave como item adicional - e não essencial. O documento foi publicado em meio à crise que atingiu a Anac em 2007, após o acidente com o avião da TAM.
Na época, o diretor foi acusado de suavizar o parecer para tirar a Anac do foco da crise, que resultou no afastamento de grande parte da sua cúpula.
Fonte: Gabriela Guerreiro / Folha de São Paulo
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